-...Saiu da sala de informática e correu para não
perder o teste. Assim que saiu da sala de aula, correu para o pátio, já que
teria o primeiro jogo oficial de vôlei feminino. No vestiário apesar da
concentração estar toda voltada para o jogo, o assunto entre as jovens passa a
ser o sumiço da Bela no intervalo e o atraso na hora do teste. (Michelle): - Por onde esteve? (Bela):
- Estava na sala de informática, conversando com uma amiga de infância.
Quase perdi a hora do teste. (Tatiana): - Sua sorte que a
Diretora acabava de sair da sala, se não do jeito que a nossa cara está suja
com ela... (Treinador): - Meninas deixem para fofocar no
dormitório e concentrem-se na partida, concentração! Concentração!
Foram todas para a quadra, aqueceram e tiraram na moeda quem seria o primeiro
time a sacar. Na arquibancada, ganharam o apoio de Felipe, Juan e a turma do
rapper. Ganharam a partida por três sets a um, com Tatiana sendo a bloqueadora
do jogo e Bela a que pontuadora com vinte e cinco pontos. Começaram o
campeonato juvenil com o pé direito.
No dia seguinte...
Juan estava incomodado com
sua situação em relação à Sofia. Não se falaram desde o dia do Baile e isso já
estava deixando-o nervoso. Queria tomar alguma atitude, mas sabia que não
poderia de forma alguma comentar sobre isso com suas amigas, principalmente com
Bela. Sua amiga não poderia nem escutar o nome de sua irmã que já a deixava com
os nervos a flor da pele, quanto mais se dirá de Juan indo pedir conselhos
amorosos sobre Sofia. Não iria dar certo, sem sombra de duvida. Sem poder
contar com suas amigas, recolheu a ajuda a seus novos amigos ou eu posso dizer
companheiros de rima. Wesley e João, apesar do primeiro levar as coisas na
brincadeira e o segundo meio lerdo pra entender as coisas, era uns caras do bem.
Então por que não pedir um conselho? Foi o que Juan fez. Depois da aula,
durante o intervalo ao invés de ficar com suas amigas preferiu os dois garotos.
As meninas não estranharam tanto sua ausência, já que de vez em quando o amigo
se sentava com os rapazes. (Juan): - E ai, cara! (Wesley): - Fala ai, Juan! Como vai? (Juan):
- Vou bem mais tranquilo,
sem as provas os ânimos acalmam. (João): - Ah nem me diga! Mas é
fundamental sabe, afinal é com as provas que nós passamos de ano. (Wesley):
- João? (João):
- O que? (Wesley):
- Vai buscar para mim um
bolinho! (João): - Mas você está com um na mão! Wesley
jogou o bolinho na lata de lixo. (Wesley): - Ah, caiu no chão. Busca outro, por favor! (João):
- Bom, pode ficar com o meu
então. Toma!
Juan olhou para Wesley e bateu na mão de João
derrubando o bolinho no chão. (João): - Por que fez isso? (Juan):
- Não controlei minha mão,
foi mal!
(João): - Ah eu sei como é isso,
mas olha, o bolinho caiu em pé, nem sujou. Wesley pisou em cima já
irritado. (Wesley): - VAI! João foi correndo em direção aos bolinhos. (Wesley): - O que você quer? (Juan):
- Como sabe que eu quero
algo de você? (Wesley): - Bela me disse que quando você está incomodado
costuma piscar o olho
esquerdo toda hora e pra falar a verdade isso me assusta,
então fala logo. (Juan): - Bela me paga mais tarde... Enfim, eu quero
mesmo conversar. (Wesley): - Estou ao seu dispor. O que está rolando? (Juan):
- Eu preciso de um
conselho... Amoroso! Sabe a Sofia? (Wesley): - A patricinha arrogante? Não
me diga que você está mesmo apaixonado pela aquela peste? (Juan):
- Como você sabe disso
tudo? (Wesley):
- Costume me informar
bastante sobre as pessoas. (Juan): - Informar? Está parecendo mais fofoca... (Wesley):
- Fofoca é coisa de mulher,
eu só gosto de estar informado sobre tudo, é diferente. (Juan): - E quem são suas informantes?
(Wesley): -
Suas amigas! (Juan): - ‘-‘. (Wesley): - Haha! (Juan): - ‘-‘ Então... Nem me lembro mais o que eu
iria falar com você... (Wesley): - Sobre a Sofia, certo? (Juan):
- Não sei se vale a pena
falar isso com você, mas eu desde o dia em que a vi sou apaixonado por ela. E
desde então isso me persegue. Enfim, eu a beijei na biblioteca no dia do Baile
de Boas Vindas... (Wesley): - VOCÊ O QUE? *gargalhada* Piada né, Juan? Essa víbora
não presta, eu a odeio tanto que olha, até dá raiva falar dela. (Juan):
- Você dizer para mim que a
odeia não vai mudar nada, acredite. Eu só preciso da sua ajuda, eu quero
conquista-la, eu sei que ela sente algo por mim, percebi quando nos beijamos.
Ela ficou tão, tão... Enfim, quebra essa
pra mim cara? (Wesley): - Com a patricinha? Logo a Sofia, se fosse a
Bela até ajudaria... (Juan): - Bela? Ela namora, está louco e ainda é minha
melhor amiga! (Wesley): -... E? Vocês combinam pra caramba, daria um
belo casal. Nunca pensou nisso? (Juan): - Mas o que você está falando... Você é louco,
tem problema? Sua mãe derrubou quando criança? Bela é minha melhor amiga desde
quando erámos um pivete, e está namorando o Felipe, namoro sério. (Wesley):
- Não a acha bonita,
inteligente, engraçada? (Juan): - Mas é claro, todas minhas amigas são lindas...
Mas por que estou falando dela? Eu a amo, mas como irmã. Quem eu amo realmente
é Sofia. Vai me ajudar ou não? (Wesley): - Tem razão, Felipe é muito melhor. Pra casar,
um ótimo partido. Por que achei que você era perfeito pra Bela, nem chega aos
pés do Felipe! (Juan): - Vai me ajudar ou não? (Wesley):
- Não! Eu conheço aquela peste melhor que você, um dia você vai me agradecer! (Juan): - Se fosse meu amigo me
ajudaria e não ficaria resmungado achando o que é ou não melhor pra mim. Passar bem!
Juan voltou para a sala de aula, pensativo. Ninguém queria ajuda-lo com Sofia, já que praticamente a metade da escola a odiava.
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